A paz, a amizade, o bom relacionamento entre os povos e a valorização dos esportes norteiam os Jogos Olímpicos e, no período de férias, foram foco das atividades promovidas pelo Projeto Picadeiro da Cidadania, patrocinado pela Petrobras e coordenado pelo GACC/MA. Os pequenos atletas da Cidade Olímpica, Vila Embratel e Liberdade vivenciaram o valor do esporte em diversas atividades.
Segundo a educadora física Arlenilse Carvalho, que facilitou as atividades nos polos, a proposta abordou, além da prática esportiva, temáticas como cidadania, respeito ao meio ambiente, à diversidade de classe, raça e cultura e inclusão social de pessoas portadoras de necessidades especiais. Para que este objetivo fosse alcançado, foram delegadas tarefas às crianças, que também tiveram oportunidade de pensar, junto com as educadoras, as regras dos jogos e avaliar os pontos positivos e negativos da prática.
O desrespeito às regras é combatido com algumas medidas. Na primeira vez, a criança fica dois minutos sem jogar em que a professora procura conscientizá-la do erro. Se houver reincidência, o aluno é tirado da atividade prática para realizar algo teórico. “Punição não é o que queremos, mas sim educar e mudar o comportamento deles”, afirma Arlenilse.
As crianças do polo Liberdade/Fé em Deus fizeram apresentação sobre as Olimpíadas de Moscou, de 1980, que foi boicotada pelos EUA e outros países por causa da invasão do Afeganistão pela União Soviética. “Na ocasião, o ursinho Misha, o mascote dos Jogos, chorou. Enquanto não existir no coração do ser humano essa mensagem de amor ao próximo, o ursinho Misha vai continuar chorando de tristeza”, ilustrou a educadora Zilda Pinheiro.
A lição foi aprendida por Laura Cardoso Ferreira, de 9 anos, que joga handebol. “Antes os países resolviam tudo com guerra, invasões, mas no esporte e nas olimpíadas a competição é diferente, tem respeito”, explica.
Para Walison Fernandes, 10 anos, do polo Cidade Olímpica, o projeto mudou seus hábitos. “Antes do projeto, como não podia brincar na rua, só ficava em casa. Agora, minha mãe me traz despreocupada, pois sabe que ficarei bem”, acrescenta Wallison. Essa também é a opinião de Cleiane Ferreira, 11 anos. “É muito legal preencher nosso tempo com estudo e esporte”, fala.
O projeto Picadeiro da Cidadania conta também com as parcerias da Pastoral do Menor da Área Itaqui-Bacanga e do Grupo Solidariedade é Vida, e faz parte da Rede Amiga da Criança.