Cerca de 100 pessoas participaram do Seminário Jovens em Ação – Cadê as políticas públicas de qualificação profissional e geração de renda?, organizado pelo Grupo de Apoio às Comunidades Carentes do Maranhão (GACC/MA) e o Comitê da Cidadania, com apoio da Plan Internacional e parceria do Protagonismo Juvenil em Rede, realizado 27 de novembro, na Feira do Livro, na Praça Maria Aragão. Estiveram presentes gestores públicos, representantes do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, Sebrae, CIEE e vários profissionais que atuam nessa área.

Segundo dados do relatório “Trabalho Decente e Juventude no Brasil", da Organização Internacional do Trabalho, divulgado em 2009, a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos cresceu 51% — de 11,9% para 18% — entre 1992 e 2006 no Brasil, e tem como principal causa a ineficácia das políticas públicas para esse público.
O evento marcou o encerramento do projeto Comitê da Cidadania - Promovendo o Protagonismo Infanto-Juvenil nos Municípios de São Luís e São José de Ribamar que atuou junto a 450 adolescentes e jovens de 12 a 24 anos na perspectiva de contribuir com o seu processo de formação visando a intervenção nos espaços comunitários de discussão e formulação de políticas públicas para a juventude.
Na programação do Seminário Jovens em Ação, teve a primeira mesa de debate com representantes das diversas esferas governamentais, que apresentaram as políticas, programas e serviços nesta área, com recorte para juventude. Em seguida, a professora doutora Valéria Ferreira Almada Lima, integrante do Grupo de Avaliação e Estudo da Pobreza e de Políticas Públicas Direcionadas à Pobreza, da UFMA.
Na segunda rodada, houve exposição de experiência de empreendedorismo juvenil, pelo Sebrae e a inclusão no mercado de trabalho, com o Centro de Intercâmbio Empresa-Escola.
A ausência ou insuficiência de políticas públicas de qualificação profissional e geração de renda para adolescentes e jovens influencia em vários indicadores. De acordo com o estudo da economista Roberta Guimarães há uma relação entre a falta do emprego e a ociosidade (fora da escola e sem trabalho) com o aumento de assassinatos na faixa etária mais produtiva: a cada 1% de aumento na taxa de desocupação da população jovem, há alta de 0,5% na taxa de homicídios na faixa etária de 15 a 29 anos.
Após o seminário, a organização do evento sistematizará os principais pontos das discussões de forma resumida e clara, e encaminhará um documento para gestores públicos como contribuição na formulação e implementação de políticas públicas de qualificação, geração de trabalho e renda para a juventude.